Os Thugs (ou tugs) Indianos
Os Thugs foram uma fraternidade secreta de assassinos e ladrões, viajantes, que apareceram na história da Índia. Registros Apontam que se tornaram ativos a partir do Século XVI (mas existem outras fontes que alegam que surgiram no Século XII).Podem ser classificados como uma seita, que adoravam a Deusa Cali ou Khali (ou ainda Durga), que era a Deusa da Morte dos Indianos. O líder também chamado de "Jamaadaar" que significa Tenente, recrutava homens Hindus, Sikhs e Muçulmanos. Um dos maiores líderes foi Thug Behram, que segundo registros, assassinou mais de 800 pessoas, (segunda Wikipédia, foram "apenas" 125 pessoas).
Thug Behram (ou Baharam) |
Para fazer o Assassinato, havia todo um ritual. Laçavam-se o pescoço das vítimas com um tecido que os Thugs carregavam na cintura (Rumaal).
Aí você me pergunta, mas como eram escondidos estes corpos?
Simples, eram emparedados ou enterrados ;). Nunca se acharam armas ou qualquer testemunhas. Os grupos agiam em todo o continente indiano e se estendia para territórios outros territórios. Quando existia alguma criança estava com as vítimas, os thugs, os sequestravam para crescerem como thugs também.
Esse carinha aí do lado, com essa cara de "Ah, É??" é o tal Behram que matou mais de 800 pessoas.
A história da Deusa.
Pensando que uma jovem sem armas nas mãos não era um desafio significativo, Shumbha mandou um pequeno contingente para lutar com ela e capturá-la. A Deusa o derrotou e destruiu, e também um após outro, todos os contingentes que vieram depois. Finalmente, com um enorme exército de demônios comandados pelos generais Chanda e Munda, os próprios Shumbha e Nishumbha vieram lutar contra a Deusa. Vendo Chanda e Munda avançando contra ela, a Deusa se incendiou de fúria. Como o Devi Mahatmya descreve, ocorrem alusões a Kali em alguns Puranas antigos. No entanto, a visão mais elaborada a respeito de sua origem, aparência, personalidade, poder e feitos aparece no Devi Mahatmya, do século V ou VI, uma parte do Markandeya Purana.
O Devi Mahatmya
contém uma meditação (dhyana) independente sobre Mahakali, e usa os nomes de
Kali como Bhadrakali, Kalika, Chandika, ... como epítetos da Devi, em suas
diferentes partes. Há, no entanto, dois episódios que expõem de forma mais
completa sua origem, papel e outras coisas. Um deles está relacionado com
Chanda e Munda, os ferozes demônios que ela mata, e outro, a Rakta-bija.
Os deuses haviam sido derrotados e atirados para fora de sua moradia divina (devaloka) pelos demônios Shumbha e Nishumbha, generais de Mahisha. Os Devas louvaram a Devi e a invocaram para que viesse em seu socorro e libertasse sua morada dos terríveis demônios. Devi, que estava se banhando no rio Ganga sob a forma de Parvati, ouviu o louvor dos deuses e se perguntou a quem eles estavam louvando. Quando ela perguntou isso, brotou dela própria uma forma feminina – uma beleza encantadora que tinha um brilho único, envolta em juventude, ricamente adornada por jóias e com roupas brilhantes. Ela respondeu que era a ela que eles louvavam. Então ela foi para a região que estava infestada pelo exército de Shumbha e se assentou sozinha sob uma árvore. Ouvindo um mensageiro falar sobre sua aparência, Shumbha desejou intensamente se casar com ela e lhe mandou sua proposta. No entanto, a jovem divina enviou de volta seu mensageiro dizendo que ela somente se casaria com alguém que a vencesse em uma batalha.
"Das sobrancelhas de sua testa brotou imediatamente
Kali, com sua face assustadora, carregando espada e laço. Ela portava um
estranho bastão coroado por um crânio e tinha uma guirlanda de cabeças humanas,
estava envolta em uma pele de tigre, e parecia horrorosa com sua pele
macilenta, sua boca escancarada, aterrorizando com sua língua para fora, com
olhos afundados e vermelhos, e uma boca que enchia os quatro cantos com
rugidos."
A Deusa pediu a
Kali que destruísse o exército dos demônios, em particular Chanda e Munda. Kali
infligiu grande destruição à sua volta, dançou sobre os cadáveres, matou Chanda
e Munda e como troféus de guerra trouxe à Deusa suas cabeças decepadas. A Deusa
atribuiu a Kali o epíteto de Chamunda – destruidora de Chanda e Munda. As
mortes de Chanda e Munda enfureceram fortemente Shumbha e Nishumbha e eles, com
os demônios sob seu comando, incluindo Rakta-bija e outros de seu clã, atacaram
a Deusa e a cercaram, juntamente com Kali, por todos os lados. Para enfrentar
seu imenso número, a Deusa invocou as Sete Mães (Sapta Matrikas) Brahmani,
Maheshvari, Kumari, Vaishnavi, Varahi, Narsimhi e Aindri, os poderes de todos
os grandes Devas, Brahma, Shiva, Skanda, Vishnu e Indra.
Seguiu-se uma
batalha feroz, porém o que mais perturbou a Deusa foi a multiplicação de
Rakta-bija, pois este tinha um dom pelo qual surgia um novo demônio Rakta-bija
de todos os lugares onde caísse uma gota de seu sangue. Finalmente, a Deusa
chamou Kali para beber o sangue de Rakta-bija antes que caísse sobre o solo.
Com uma boca escancarada, devorando multidões de demônios, e com uma língua que
se estendia em todas as direções e que se movia mais depressa do que o demônio,
Kali consumiu cada gota de sangue que saía das feridas de Rakta-bija.
Kali é venerada como a Deusa que garante sucesso na guerra e
elimina os inimigos – não apenas no Devi Mahatmya, mas em quase todos os
Puranas, particularmente no Agni Purana e no Garuda Purana.
O Skanda Purana
associa a origem de Kali a Parvati. Inicialmente, Parvati tinha uma aparência
escura, e por isso Shiva costumava caçoar dela de vez em quando. Um dia, depois
de ser chamada duas vezes de Kali (a Negra), Parvati abandonou Shiva e disse
que não retornaria a menos que se livrasse de sua aparência escura. Depois que
Parvati partiu, Shiva se sentiu muito só. Aproveitando sua ausência e a solidão
de Shiva, um demônio chamado Adi, que estava procurando uma oportunidade para
matá-lo e se vingar da morte de seu pai, disfarçou-se como se fosse Parvati e
conseguiu entrar no quarto de Shiva. Depois de algum tempo, Shiva identificou o
demônio e o matou. Enquanto isso, por um ascetismo rigoroso (tapas) e com a
ajuda de Brahma, Parvati foi capaz de se desfazer de sua camada externa negra,
e de dentro emergiu sua forma dourada. Transformada em Gauri (a dourada), ela
retornou a Shiva. Os Deuses, procurando uma forma feminina que pudesse matar
Mahisha, transformaram com sua luz esta casca negra de Parvati em Kali, e
depois que ela realizou o desejo dos Deuses, Parvati a baniu para a região que
fica depois da montanha Vindhya, onde ela se tornou conhecida como Katyayani.
O Linga Purana
contém ainda um outro episódio responsável pela origem de Kali. Um demônio
chamado Daruka tinha um dom de que apenas uma mulher poderia matá-lo. Quando
chegaram relatos de suas atrocidades, Shiva pediu a Parvati que o matasse.
Então Parvati entrou no corpo de Shiva, e a partir do veneno que estava contido
em sua garganta ela se transformou e reapareceu como Kali. Ela reuniu um
exército de Pishachas que comem carne humana e com sua ajuda destruiu Daruka. O
Skanda Purana amplia mais essa história. Kali não parou a destruição mesmo
depois de matar Daruka. Embriagada pelo consumo do veneno e pelo sangue do
demônio, Kali se tornou incontrolável, enlouquecida, e por suas atividades
destrutivas colocou em perigo o equilíbrio cósmico. Finalmente, Shiva assumiu
uma das formas da própria Kali e sugou dos seios dela todo o veneno. Depois
disso, ela se acalmou.
No Sul da Índia
prevalece uma tradição semelhante, embora em um contexto diferente. Depois de
derrotar Shumbha e Nishumbha, Kali se retirou para uma floresta com sua escolta
de companheiros terríveis e começou a aterrorizar a vizinhança e seus
habitantes. Um devoto de Shiva foi até ele com o pedido de livrar a floresta do
terror de Kali. Quando Kali se recusou a obedecer a Shiva, alegando que estava
no seu próprio território, Shiva lhe pediu que competisse com ele dançando. Ela
concordou, mas não conseguindo (ou não querendo) atingir o nível de energia de
Shiva, Kali foi vencida e saiu.
A origem de Kali
também foi associada a Sati (a primeira esposa de Shiva) e com Sita (esposa do
Senhor Rama) – embora não seja uma conexão muito significativa. Em um relato,
quando é insultada por seu pai Daksha, Sati se torna furiosa, esfregou seu
próprio nariz e daí apareceu Kali. Em outro relato, Rama estava retornando a
Ayodhya depois de vencer Ravana. Em seu caminho ele encontrou um monstro que o
assustou tanto que o sangue de Rama se congelou de medo. Então Sita se
transformou em Kali e o derrotou.