quarta-feira, 30 de julho de 2014

Zumbis Haitianos: Muito mais medonho que a ficção!!!!

Sabe aquele seu amigo que torce por um apocalipse Zumbi, achando que será um Daryl do the walking dead? Então... este post foi feito pra ele.. Lembrando que estarei falando sobre Vodus Haitianos, e não sobre o caso de zumbificação devido a sais de banho, onde um rapaz comeu o rosto de um morador de rua.


As histórias de Zumbis,  parecem ter sido totalmente desmistificadas nos últimos anos. Hoje, mais do que em qualquer outra época anterior, filmes, seriados, livros e até o mundo da moda abordam o assunto de forma bem-humorada. Porém, as coisas não são tão simples assim....
Vamos lá então ao post!!
O vodu é um tipo de ritual executado por feiticeiros, executado no Caribe e no haití (existem alguns relatos no México e inclusive no Brasil... corram para as colinas), de origem africana e teve seu maior uso na época do colonialismo.
O tema já foi abordado em diversas coisas, até no gibi da Walt Disney A Saga do Tio Patinhas, existe um zumbi. (pra quem quiser é só pedir que tenho o gibi em pdf). 
A lenda é a seguinte. Um feiticeiro tem o poder de ressuscitar os mortos recém-mortos (redundância proposital aqui \o/) e faze-los seu escravo particular.
Nas primeiras décadas do século XX alguns zumbis foram fotografados vagando e trabalhando nas lavouras de seus Mestres.
Mas, onde foi que esta lenda começou a ser revelada?
Um pesquisador canadense chamado Wade Davis divulgou a existência de um Pó Zumbi, utilizado pelos feiticeiros vodus. A composição do pó era química e nada de magia.
Inimigos ou familiares interessados  nos bens de seus parentes encomendavam os mestres vodus a transformação dos "mortos" em zumbis. Havia toda uma preparação para a morte da pessoa, (claro que ela não sabia que ia morrer), era utilizado substâncias encontradas nas peles de sapos venenosos (a substância Bufotoxina) e um principio ativo paralisante encontrado num peixe chamado Baiacu (Tetrodoxina). Com isso em mãos, as pessoas contaminavam a comida do "morto" provocando um diminuição respiratória, cardíaca e motora, confundindo com a morte.
No Haiti, após a morte, acontece um rápido funeral e algumas horas após o enterro, os mestres vodus abriam o caixão e "ressuscitavam" os mortos. Aturdidos pelas drogas e pela situação impensável, as vítimas acreditavam que estavam sendo trazidas de volta da morte. Mantidas drogadas permanentemente com substâncias que causavam perda de memória e transes psicóticos, eram escravizadas em regime de semi-consciência durante anos, servindo a seus mestres.
Uma planta chamada Datura (Datura Stramonium) seria a responsável por manter em transe por anos os "zumbis". Algumas histórias ao longo do século XX reforçam esta teoria: Em 1962, o haitiano Clarvius Narcisse foi declarado morto e enterrado na pequena vila de L'Éstere. Porém, em 1980 retornou ao local com uma surpreendente história: Após receber uma dose de "Pó Zumbi", foi reanimado por um feiticeiro, que o manteve sedado com drogas derivadas da planta alucinógena "Datura", fazendo-o trabalhar durante anos como escravo em uma fazenda. Seu mestre explicou que ele havia sido trazido de volta da morte como uma punição por atos que cometera durante sua vida. 
Alguns anos depois, o mestre de Clarvius morreu, e sem as doses alucinógenas constantes, recuperou a consciência. Mesmo não tendo recuperação total de sua memória, conseguiu fugir da fazenda e vagar durante anos pelo Haiti até encontrar seu vilarejo e familiares em 1980. Algumas décadas antes, em 1937, a haitiana Felícia Felix-Mentor foi encontrada  vagando pelas ruas de uma cidade haitiana quase 30 anos após ter sido sepultada. Estava drogada com psicotrópicos e não se lembrava do que ocorrera desde sua "morte". Seu marido a reconheceu. 
As teorias de Wade são muito criticadas no meio científico, com alegações de que não existe embasamento  suficiente para uma comprovação de que as bufotoxinas e principalmente a tetradoxina poderiam causar os efeitos descritos pelo "Pó Zumbi". 

Abaixo um possível ataque zumbi!!!