Não podemos nos esquecer que também já tivemos váááários aqui no Brasil, como O linguiceiro da Rua do Arvoredo (caso semelhante ao filme Sweeney Toddy), o Maníaco do Parque, Preto Amaral, O Filho da Luz (não confundir com o Bandido da Luz Vermelha), entre outros, hoje vamos falar sobre o Pedrinho Matador, que tem até um artigo na Wikipédia (o qual vou pegar e modificar um pouco o artigo).
Deu até uma entrevista para o Marcelo Rezende da Rede Record, que vou postar abaixo do texto.
Sem mais delongas, vamos ao caso!!
Pedrinho Matador
Pedrinho Matador |
Pedro Rodrigues Filho, vulgo Pedrinho Matador, é um homicida
e psicopata.
Pedrinho Matador sempre foi um cara da "Paz"
(segundo ele), pois apenas matava aqueles que eram considerados maus.
Matou pela primeira vez aos catorze anos e seguiu matando.
Hoje acumula mais de cem homicídios, incluindo o do próprio pai, sendo que 47
pessoas foram mortas dentro dos presídios pelos quais passou. Ainda não
respondeu por todos os crimes, mas já foi condenado a quase quatrocentos anos
de prisão, a maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil.
Nasceu numa fazenda em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas
Gerais, com o crânio ferido, resultado de chutes que o pai desferiu na barriga
da mãe durante uma briga. Conta que teve vontade de matar pela primeira vez aos
13 anos. Numa briga com um primo mais velho, empurrou o rapaz para uma prensa de
moer cana. Ele não morreu por pouco.
Aos 14 anos ele matou o vice-prefeito de Santa Rita do
Sapucaí, Minas Gerais, com tiros de espingarda em frente à prefeitura da
cidade, por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar
merenda escolar. Depois matou outro vigia, que supunha ser o verdadeiro ladrão.
Refugiou-se em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde começou a roubar
bocas-de-fumo e a matar traficantes. Conheceu a viúva de um líder do tráfico,
apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e
logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou
ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não
deixou a venda de drogas. Arregimentou soldados e montou o próprio negócio.
Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou
e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um
antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o
visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de sete mortos e
dezesseis feridos. O matador ainda não tinha completado 18 anos.
Ainda em Mogi, executou o próprio pai numa cadeia da cidade,
depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho foi
cruel: além das 22 facadas, arrancou o coração do pai, mastigou uma parte e
depois a cuspiu, segundo dito no programa da Rede Record com o jornalista
Marcelo Rezende (o vídeo está no final da matéria)
Pedrinho pisou na cadeia pela primeira vez em 24 de maio de
1973 e ali viveu toda a idade adulta. Conta-se na polícia que certa vez foi
posto em um camburão para ser transportado pela PM junto com outro preso, ambos
algemados, e que quando foram abrir a traseira do carro o outro preso já estava
morto e Pedrinho assumiu a autoria do crime justificando que o companheiro era
estuprador. Em 2003, apesar de já condenado a 126 anos de prisão, esteve para
ser libertado, pois a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos
atrás das grades, embora um decreto de 1934, assinado pelo então presidente
Getúlio Vargas, permita que psicopatas possam ser mantidos indefinidamente em
estabelecimentos psiquiátricos para tratamento. Também por causa de crimes
cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos,
sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017. Pedrinho
contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma
ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas.
Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho
no presídio de Taubaté.
Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um
fenômeno de sobrevivência no duro regime carcerário. Dificilmente um
encarcerado dura tanto tempo. Matou e feriu dezenas de companheiros para não
morrer. Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr
os outros dois. Matou um colega de cela porque 'roncava demais' e outro porque
'não ia com a cara dele. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar,
tatuou no braço esquerdo: 'Mato por prazer', coberta recentemente por outra
tatuagem.
Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de
psicopata - alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Os
psiquiatras que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a
maior motivação de sua vida era 'a afirmação violenta do próprio eu'.
Diagnosticaram 'caráter paranoico e anti-social'.
Tatuagem de Pedrinho
que foi coberta recentemente
Após permanecer 34 anos na prisão, foi solto no dia 24 de
abril de 2007. Informações da inteligência da Força Nacional de Segurança
indicam que ele foi para o Nordeste, mais precisamente para Fortaleza no Ceará.
No dia 15 de setembro de 2011 a mídia local catarinense publicou que Pedrinho
Matador foi preso em sua casa na zona rural, onde trabalhava como caseiro, em
Balneário Camboriú, litoral catarinense. Segundo o telejornal RBS notícias, ele
terá que cumprir pena por acusações como motim e cárcere privado.
Pedrinho Matador foi recapturado em 14 de setembro de 2011,
na cidade turística de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina.
O criminoso, que diz ter matado mais de cem pessoas, inclusive o pai, foi
detido em casa por volta das 11h, por agentes policiais civis da Divisão de
Investigações Criminais da cidade de Balneário Camboriú. O agente policial
civil que o localizou conta: "recebi informações anônimas que Pedrinho
Matador estaria escondido em um sítio no município de Camboriú. De posse desta
informação foram efetuadas diligências para localizar com maior precisão o
local aonde Pedrinho estaria e se realmente era o referido. Confirmada a
informação nos deslocamos até a região e efetuamos a prisão.".
Segundo a delegada Luana Backes, da Divisão de Investigações
Criminais de Balneário Camboriú, Pedrinho Matador já cumpriu a pena pelos
homicídios — mais da metade cometidos dentro da cadeia — mas foi condenado
novamente em agosto deste ano por participação em seis motins e por privação de
liberdade de um agente carcerário durante uma das rebeliões.
Além da quantidade de mortes, Pedrinho Matador ganhou
notoriedade no país ao prometer matar criminosos como Maníaco do Parque, que
agia em São Paulo. Ele costumava estrangular as vítimas.
Por causa da lista de crimes e do comportamento na cadeia,
entrou para a lista dos assassinos em série citados pela escritora Ilana Casoy
no livro Serial Killer - Made in Brazil. A publicação conta histórias de
bandidos como Vampiro de Niterói e Chico Picadinho.
Abaixo segue a entrevista completa de Pedrinho Matador a
Marcelo Rezende.
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