quarta-feira, 6 de maio de 2015

Métodos medievais de tortura - 1

Com a dica da minha grande amiga Dany, segue uma breve pesquisa sobre torturas medievais!!!! (as fontes do texto são variadas, por isso não coloquei todas, mas se divirtam um pouco.
Estudar História é mais do que discutir fatos, datas ou analisar as grandes ou pequenas biografias. Estudar História é também lidar com um tema bastante delicado: o fato de que o homem é um ser contraditório, capaz de atos de grande sensibilidade e compaixão, mas que também manifesta, muitas vezes, grande capacidade para fazer o mal.
Esta lista vai mostrar instrumentos que eram utilizados para provocar o medo, infligir a dor, ou até causar a morte. Todos as peças são originais! Portanto, aos que ainda não conhecem ou não viram os instrumentos de tortura e execução abaixo, aconselho cautela! Aos que se sentem ofendidos, agredidos ou abalados com os instrumentos abaixo, sugiro que ignorem este post.

Roda Alta


A roda alta era reservada aos criminosos responsáveis por delitos contra a ordem pública. Era um suplício duplo: o réu era colocado nu, deitado no chão, com os pés e as mãos fixados em anéis de ferro. Sob seus ombros, cotovelos, joelhos e tornozelos, eram colocados robustos pedaços de madeira. Então, o carrasco, com a roda, despedaçava-lhe todos os ossos, esmagando as juntas, mas evitando ferimentos mortais. Na segunda parte, o corpo da vítima era dobrado sobre si mesmo e colocado em cima de uma roda de carroça, sobre uma estaca, e ali deixado por vários dias até morrer.

Viola das Comadres

Foto de coleira de madeira usada como tortura
A viola das comadres existia em vários modelos, mas a sua destinação era sempre a mesma: era usado no confronto daquelas senhoras que tivessem feito um escândalo ou dito fofocas. Outras variações deste instrumentos punitivo, eram reservadas às mulheres que se batiam em público (neste caso eram fechadas em uma única viola e obrigadas a “conviver” por um dia inteiro), além das moças que engravidassem antes de se casar. Neste caso, eram usadas as “tranças de palha”, que as infames eram obrigadas a usar na frente das portas das principais igrejas, nos dias de festa.

Açoite

O açoite é um castigo conhecido e utilizado desde os tempos mais remotos. No período medieval, era reservado principalmente aos vagabundos e mendicantes, mas não eram excluídas as mulheres infieis ou consideradas despudoradas. No período medieval, era usado o flagelo em forma de estrela, aqui apresentado como açoite de ferro. Havia também outro modelo conhecido como “gato de nove rabos”, de efeito atroz. Este, de fato, servia para tirar a pele das costas e do abdômen e, para aumentar o seu efeito, as cordas eram banhadas em uma solução de salmoura.

Cavalete

No cavalete, o condenado era colocado deitado com as costas sobre o bloco de madeira com a borda cortante, as mãos fixadas em dois furos e os pés em anéis de ferro. Nesta posição, era procedido o suplício da água. O carrasco, mantendo fechadas as narinas da vítima, introduzia na sua boca uma enorme quantidade de água: dada a posição, o infeliz corria o risco de sufocar, mas o pior era quando o carrasco e os seus ajudantes pulavam sobre o ventre, provocando a saída da água, então, se repetia a operação, até ao rompimento de vasos sanguíneos internos, com uma inevitável hemorragia.

Berlinda

Foto de berlinda de madeira utilizada para prender cabeça e mãos
A berlinda existia nos locais de mercado e feiras, ou na entrada das cidades. Era um instrumento considerado obrigatório na Idade Média, em quase todas as regiões da Europa. Este e outros instrumentos, fazem parte de uma série de punições corporais, que deviam constituir um exemplo para os outros. Era reservada aos mentirosos, ladrões, beberrões e às mulheres briguentas. Era um castigo considerado leve, mas quase sempre a pena virava suplício e tortura quando a vítima (pescoço e braços imobilizados na trave) levava comumente tapas e/ou era insultada pelo povo.

Algemas

As algemas da época dos antigos egípcios, eram instrumentos utilizados para agrilhoar escravos e condenados. As de madeira, serviam para a transferência de prisioneiros, impedindo, assim, que fugissem. As de ferro, além do uso acima, eram também utilizadas para pendurar as vítimas nos muros das prisões, criando condições de imobilidade que levavam, muitas vezes, à loucura.

Balcão de Estiramento


O suplício do balcão de estiramento, era utilizado comumente já no tempo dos egípcios e babilônios. A vítima era colocada deitada sobre um banco e tinha os pés fixados em dois anéis. Os braços eram puxados para trás e presos com uma corda acionada por uma alavanca. Assim começava o estiramento que, imediatamente, deslocava os ombros e as articulações do condenado, seguido pelo desmembramento da coluna vertebral e, então, pelo rompimento dos músculos e articulações. Antes desses efeitos mortais, porém, o corpo se alongava até trinta centímetros.

O Despertador

O despertador foi idealizado pelo italiano Ippolito Marsili, e deveria marcar uma mudança decisiva na história da tortura. Seria um sistema capaz de obter confissões, sem infligir crueldade ao corpo humano. Não se quebrava nenhum osso. Consistia o aparelho em deixar o condenado acordado o maior espaço de tempo possível. Definido no início como tortura não cruel, diante da Inquisição teve muitas variações, até chegar ao procedimento absurdo de se amarrar as vítimas, suspendê-las e deixá-las cair com todo o peso do corpo contra o ânus e as partes sexuais mais sensíveis.

Esmaga-Seios

No século XV, as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão enraizadas, que foi muito ativo o comércio do “óleo santo”, cinzas, sangue de morcego e similares. Então, as bruxas e os bruxos passaram a ser considerados “hereges”. O esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.

Guilhotina

A Revolução Francesa apagou os rastros da tortura, mas deixou de pé o patíbulo. O inventor da guilhotina foi o filantropo Dr. Ignace Guillotin. A Assembléia sancionou uma lei, em 3 de julho de 1791, pela qual “todas as pessoas condenadas à morte terão a cabeça cortada”. Um ano depois, iniciou-se a utilização da guilhotina. Depois de diversas experiências com cadáveres, morreu decapitado o condenado por nome Nícola Pelletieri, e o carrasco foi Charles Sansom, o mesmo que, em seguida, decapitaria o rei da França, Luis XVI.

Empalador

A tortura do empalador está entre os suplícios mais ferozes e bárbaros.  Provavelmente é através dos turcos que sua triste utilização difundiu-se na Europa Medieval. Era uma punição geralmente imposta aos prisioneiros capturados com armas nas mãos. As vítimas eram, primeiramente, desnudadas e, então, literalmente enfiadas de baixo para cima numa estaca pontiaguda. Em similiar posição, eram deixadas sobre os muros aos castelos invadidos, ou em frente às fortalezas assediadas. Atroz era a agonia dos infelizes que sobreviviam por diversos dias até a morte por hemorragia.

Cócegas Espanholas

Similar a um garfo encurvado, as cócegas espanholas eram usadas para fazer “cócegas” no inquirido, em todas as partes do seu corpo. O instrumento acaba deixando marcas permanentes no corpo do torturado. Era usado na Península Ibérica, de 1300 a 1700. Servia, também, para arrastar as vítimas em frente aos tribunais, sem tocá-los com as mãos. Grande parte dos prisioneiros eram sujos, com doenças e infecções.

Esmaga-Polegar

O esmaga-polegar era um instrumento usado como alternativa às principais torturas, ou um tipo de amedontramento, antes de começarem as próprias. O acusado sofria a mutilação do polegar simplesmente com o aperto do parafuso. Usado na Alemanha e na Itália do Norte entre 1300 e 1700, esse método muito doloroso servia para obter delações, informações ou confissões de delitos, muitas vezes não cometidos.

Roda do Despedaçamento

A roda do despedaçamento produzia um sistema de morte horrível. O réu era amarrado com as costas na parte externa da roda. Sob ela colocavam-se brasas, e o carrasco, girando a roda cheia de pontas, fazia com que o condenado morresse praticamente assado. Em outros casos, no lugar de brasas se colocavam instrumentos pontudos, de maneira que o corpo ia sendo dilacerado à medida que se movimentava a roda. Esteve em uso na Inglaterra, Holanda e Alemanha, no período de 1100 a 1700.

Esmaga Joelhos

O esmaga-joelhos era colocado na perna da vítima, na altura do joelho, e apertado até que as pontas penetrassem na carne, estraçalhando a rótula. O exercício era repetido várias vezes, o que causava inutilização permanente da perna. Era uma tortura aplicada na Ásia, principalmente no Sião, até o século XIX. Era utilizada contra ladrões e estelionatários. Para os assassinos, depois da tontura, vinha a morte por decapitação.

Empalador ao Contrário

O empalador ao contrário é considerado ainda pior do que o empalador original. Foi usado pelos turcos de “Solimão, o Magnífico”, na conquista da Europa Oriental. Foi usado, também, na Iugoslávia, Romênia, Hungria e Bulgária. A morte era terrificante e lenta, porque não chegava até que a estaca atingisse a garganta, porquanto o sangramento (uma vez que a vítima estava de cabeça para baixo) era muito lento.

Serrote

O serrote era um instrumento de execução. O condenado era suspenso pelos pés e, então, o carrasco iniciava a operação de serrá-lo de cima para baixo. O motivo desta posição era assegurar uma oxigenação do cérebro e impedir que o sangramento fosse muito forte e rápido. Assim, a vítima não perdia a consciência até que o serrote chegasse no umbigo. A esta morte cruel foram condenados todos os oficiais franceses capturados pelos espanhóis na campanha de Napoleão pela conquista da Península Ibérica, em 1807. No final da guerra, a vingança francesa foi muito brutal.

Agora já sabem onde pesquisar os trabalhos de história que a "tia" da escolinha pede pra vocês fazerem. 
Por hoje é só pessoinhas queridas!!!! Na próxima continuaremos com mais instrumentos de tortura :) :) :) 
Lembrem-se de divulgar a matéria com seus coleguinhas.

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